Ação popular tenta barrar exploração de petróleo em Abrolhos
Mesmo com a exploração de petróleo próximo ao arquipélago de Abrolhos, no sul da Bahia, adiada pela justiça, as ativistas Luisa Mell, Ana Rita Tavares e o deputado Afonso Florence ingressaram judicialmente com uma ação popular a fim de garantir a preservação do local.
Em sua rede social, Ana Rita, que também é vereadora em Salvador, classificou o leilão realizado em outubro pelo governo federal de “criminoso” e a possível exploração de “desastre ecológico”: espero que o nosso Poder Judiciário decida a favor de Abrolhos, do meio ambiente e da nossa fauna marinha neste momento tão ameaçada pela insensibilidade do governo federal, impedindo, assim, o criminoso leilão que objetiva a escolha de empresas que venham a explorar petróleo (pré sal) na área deste divino santuário marinho, que abriga o maior banco de corais e a maior biodiversidade marinha do atlântico sul, berçário de baleias jubarte e outras espécies somente ali encontradas. Chega de desastres ecológicos!”
Dos 36 blocos marítimos colocados à disposição pelo pregão do Ministério de Minas e Energia, somente 12 foram arrematados. O desinteresse se deu por conta das medidas judiciais em curso - em sua maioria movidas por Ongs ambientalistas - além da insegurança quanto a aspectos ambientais, evidenciados por pareceres técnicos, que foram ignorados pelo próprio diretor do Ibama.
Apesar de apenas 1/3 dos blocos terem sido arrematados, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) afirma que as demais áreas seguirão sendo ofertadas permanentemente.
Darwin - A importância de Abrolhos chamou a atenção do naturalista inglês Charles Darwin no Século 19. Em 1832, o pesquisador visitou o arquipélago e a sua biodiversidade foi considerada como parte dos seus estudos para A Origem das Espécies, sua principal obra.